O ano de 2020 está chegando ao fim, e em meio a tantos problemas causados pela trágica pandemia que assolou o mundo inteiro, o cenário para os negócios se mostrou surpreendentemente desafiador para as empresas que tiveram que se reinventar para fazer adaptações, realizar investimentos para atender às mudanças provocadas pela crise e buscar eficiência nas operações.  

Aqui no Brasil, o ambiente dos negócios identificou uma recuperação importante em relação aos piores momentos da crise. A recuperação aos níveis pré-pandemia, seguida da retomada do nível de empregos, já estão no radar das empresas para 2021.

As expectativas dos empresários brasileiros para a Agenda 2021 foram identificadas em recente pesquisa realizada pela Deloitte Brasil entre os dias 10 e 24 de novembro de 2020. A pesquisa teve como objetivo analisar o impacto da Covid-19 nos negócios e as expectativas do mercado em relação à recuperação da economia e das organizações. Participaram da pesquisa 663 empresas de 36 segmentos econômicos que totalizaram receitas de 1,2 trilhão de reais no último ano.

Os números mostram que há otimismo em relação à possibilidade de recuperação em 2021. A maior parte dos entrevistados acredita que 2021 será um ano de crescimento. Porém, 80% não acreditam que o Brasil atingirá no próximo ano um nível superior de atividade econômica em relação ao período pré-crise.

Fonte: Pesquisa “Agenda 2021” – Deloitte Brasil (2020)


Para iniciar a recuperação dos negócios, 44% dos empresários entrevistados destacaram que deverão aumentar o quadro de funcionários, como forma de recomposição dos postos de trabalho perdidos durante a pior fase da crise.

E outro fator nos chamou a atenção no que diz respeito às pessoas nas empresas. 32% dos executivos que pretendem diminuir ou promover substituições em seu quadro de funcionários dizem que farão isso visando atrair profissionais mais qualificados ou priorizar a automatização de processos e funções.

Fonte: Pesquisa "Agenda 2021" – Deloitte Brasil (2020)

"Além de recuperar, é preciso que a empresa crie oportunidades de geração de valor para a sustentação dos negócios no médio e longo prazos."

"Nesse cenário de transformações necessárias, a formação de pessoas para conduzir essas mudanças é prioritária para grande parte das empresas." (Deloitte Brasil)

As transformações necessárias colocaram as pessoas no centro das decisões. E a criação de oportunidades e geração de valor passa pela formação de novos talentos. Nesse sentido, a publicação da Revista Você S/A de Junho/2020 mostrou que "a contratação de estagiários pode ser vantajosa para as empresas em momentos de crise – e o motivo não é o fato de os encargos trabalhistas serem menores. O motivo é que as novas gerações estão muito mais próximas dos consumidores e clientes, principalmente por causa das redes sociais. Eles dominam a linguagem e se adaptam mais facilmente. Além disso, os jovens profissionais são os gerentes do futuro."

Fonte: Pesquisa "Agenda 2021" – Deloitte Brasil (2020)


Esta constatação pode ser vista em outro dado da pesquisa "Agenda 2021". 84% dos empresários pretendem ampliar/criar treinamento e formação de funcionários para acompanhar as transformações digitais e de negócios. Prioridade e foco na qualificação de pessoas, inovação e pesquisa e desenvolvimento.

Portanto, você pode perceber que o cenário aponta para uma recuperação. Formar pessoas e novos talentos será a prioridade para o ano que vem.